Alimentos à Base de Plantas Empregam Tecnologia Avançada e Processamento Industrial para Replicar o Sabor e Textura de Produtos de Origem Animal.
A guinada das proteínas animais para as proteínas vegetais decorre, portanto, da evidência de que a pecuária é emissora global de 40% dos gases de efeito estufa. Paradoxalmente, espalham-se pelo globo terrestre vinte mil espécies de leguminosas (plantas da mesma espécie da soja, lentilha e ervilha, do feijão e grão-de-bico).
Nesse contexto, a ciência, aliada à tecnologia e ao empreendedorismo encontraram o meio de, com a mistura de leguminosas, se produzirem carnes vegetais muito semelhantes às oriundas de animais, tanto no sabor, quanto na cor, na textura e na aparência das carnes de boi, frango, peixes e mariscos. Da mesma forma, assim são produzidos leite e ovos vegetais.
Além disso, no globo terrestre existem de 250 mil a 300 mil espécies de plantas comestíveis a serem “domesticadas” pelas ciências agronômicas. Há ainda muito chão pela frente. Hoje, 30% da superfície do planeta são cobertas por pastagens destinadas à criação e ao abate dos bovinos. Paradoxalmente, segundo a ONU, dez por cento da população mundial passam fome.
Adicionalmente, há 20 mil espécies de leguminosas a serem cultivadas mundo afora. Todos os que se dedicarem ao cultivo das leguminosas poderão se viabilizar financeiramente. Como afirmou Patrick Brown ao jornal The Washington Post: “Estaremos dando aos agricultores e pecuaristas outra fonte potencial de renda e, efetivamente, adicionando estabilidade às economias rurais”.
O advento das carnes vegetais ocorre, portanto, como uma resposta ao tempo. É consensual que o salto científico-tecnológico das ‘plant-based’ veio do clamor geral, das muitas conferências ambientais, dos protestos nos espaços públicos, e até mesmo do Fórum de Davos.
É, assim, um movimento a partir das ruas, de baixo para cima, com um caleidoscópio de gente de todas as cores e idades, revelando fenômenos como o da adolescente sueca Greta Thunberg.
Finalmente, os restaurantes são o palco que atrai a sociedade a aderir a esse espetáculo. Trata-se de uma verdade espelhada na relação entre as empresas que lideram o mercado americano de ‘plantbased’ e os respectivos números de restaurantes que vendem seus produtos.
A líder: Beyond Meats, com 42 mil restaurantes. A vice-líder: Impossible Foods, com 30 mil restaurantes. É no nosso setor da alimentação fora do lar que se decide o jogo.
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